sábado, 18 de agosto de 2012

Assunção de Nossa Senhora


            
        A Igreja hoje celebra uma das maiores festas marianas: a celebração da Assunção de Nossa Senhora, que é um dos quatro dogmas marianos, junto com a Imaculada Conceição, Maternidade Divina e Virgindade Perpétua. A tradição da Igreja sempre acreditou que Maria, no fim de sua vida neste mundo, foi recebida por Deus em corpo e alma, gozando já da plenitude divina, junto à Santíssima Trindade. Essa festa celebra-se no dia quinze de agosto, mas é transferida para o domingo subsequente, para facilitar a participação nos atos litúrgicos por mais fiéis.
            O concílio Vaticano II afirma na constituição dogmática Lumen Gentium: “ [...] a Mãe de Jesus, assim como, glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até que chegue o dia do Senhor (LG 68)”. A presença de Maria junto a Deus é, portanto, o protótipo daquilo que todos nós devemos buscar e ao mesmo tempo esperança de que também nós podemos alcançar a bem-aventurança celeste.
            No texto do Evangelho de hoje, temos a cena clássica da visitação de nossa Senhora à sua prima Isabel. Uma cena de beleza e de emoção muito fortes. A jovem Maria, após receber do anjo a notícia da gravidez de sua prima, vai “às pressas” prestar-lhe seus serviços. Sua presença, como portadora do Verbo divino, leva tanta alegria que até o menino João estremece no seio de sua mãe.
Maria é aquela está sempre disposta ao serviço, e quer nos ensinar também esta lição. Nossa vida deve ser um constante serviço a nossos irmãos. Ela não usa de nenhuma arrogância pelo fato de ter sido escolhida para mãe de Deus, quer apenas ser útil. Em sua visita leva consigo Jesus, ainda em seu ventre. Este é o grande brilho de sua visita. Isabel considera-se indigna de receber a mãe de seu salvador e faz aquela exclamação que ainda hoje rezamos: “bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Quando Maria vem a nós traz sempre consigo seu Filho. Por isso, estar perto de Maria é estar perto de Jesus.
Depois, Maria entoa o Magnificat, cântico que reconhece a grandeza de Deus e sua ação em favor dos pequenos. Este cântico, rezado pela Igreja todos os dias na oração das vésperas, ressalta a solidariedade de Deus para com os mais pobres e humildes. A ação realizada em Maria não é apenas uma graça pessoal, mas o começo de uma era de fraternidade e justiça. Pela encarnação, Deus se faz presente entre os pobres, e estes não podem mais ser humilhados e terem seus direitos tirados.
Que pela festa da Assunção de Nossa Senhora, busquemos viver de tal forma a estar comunhão com ela e com a Trindade Santa. Que busquemos sempre servir aos nossos irmãos, especialmente aos mais necessitados, e sejamos sempre uma presença alegre e portadora de Jesus aos outros.

Manoel Gomes Filho, seminarista Paulino

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