A
Igreja hoje celebra uma das maiores festas marianas: a celebração da Assunção
de Nossa Senhora, que é um dos quatro dogmas marianos, junto com a Imaculada
Conceição, Maternidade Divina e Virgindade Perpétua. A tradição da Igreja
sempre acreditou que Maria, no fim de sua vida neste mundo, foi recebida por
Deus em corpo e alma, gozando já da plenitude divina, junto à Santíssima
Trindade. Essa festa celebra-se no dia quinze de agosto, mas é transferida para
o domingo subsequente, para facilitar a participação nos atos litúrgicos por
mais fiéis.
O
concílio Vaticano II afirma na constituição dogmática Lumen Gentium: “ [...] a Mãe de Jesus, assim como,
glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há de
consumar no século futuro, assim também, na terra, brilha como sinal de
esperança segura e de consolação, para o Povo de Deus ainda peregrinante, até
que chegue o dia do Senhor (LG 68)”. A presença de Maria junto a Deus é,
portanto, o protótipo daquilo que todos nós devemos buscar e ao mesmo tempo
esperança de que também nós podemos alcançar a bem-aventurança celeste.
No
texto do Evangelho de hoje, temos a cena clássica da visitação de nossa Senhora
à sua prima Isabel. Uma cena de beleza e de emoção muito fortes. A jovem Maria,
após receber do anjo a notícia da gravidez de sua prima, vai “às pressas”
prestar-lhe seus serviços. Sua presença, como portadora do Verbo divino, leva
tanta alegria que até o menino João estremece no seio de sua mãe.
Maria é aquela está sempre disposta
ao serviço, e quer nos ensinar também esta lição. Nossa vida deve ser um
constante serviço a nossos irmãos. Ela não usa de nenhuma arrogância pelo fato
de ter sido escolhida para mãe de Deus, quer apenas ser útil. Em sua visita
leva consigo Jesus, ainda em seu ventre. Este é o grande brilho de sua visita.
Isabel considera-se indigna de receber a mãe de seu salvador e faz aquela
exclamação que ainda hoje rezamos: “bendita és tu entre as mulheres e bendito é
o fruto do teu ventre”! Quando Maria vem a nós traz sempre consigo seu Filho.
Por isso, estar perto de Maria é estar perto de Jesus.
Depois, Maria entoa o Magnificat,
cântico que reconhece a grandeza de Deus e sua ação em favor dos pequenos. Este
cântico, rezado pela Igreja todos os dias na oração das vésperas, ressalta a
solidariedade de Deus para com os mais pobres e humildes. A ação realizada em
Maria não é apenas uma graça pessoal, mas o começo de uma era de fraternidade e
justiça. Pela encarnação, Deus se faz presente entre os pobres, e estes não
podem mais ser humilhados e terem seus direitos tirados.
Que pela festa da Assunção de Nossa
Senhora, busquemos viver de tal forma a estar comunhão com ela e com a Trindade
Santa. Que busquemos sempre servir aos nossos irmãos, especialmente aos mais
necessitados, e sejamos sempre uma presença alegre e portadora de Jesus aos
outros.
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