domingo, 10 de março de 2013

O Filho Prodigo

Os textos da liturgia de hoje nos convidam à reconciliação, por meio do sacramento da Penitência, sinal que recebemos de Cristo, conquistado por Ele com seu sangue. A 1ª leitura apresenta o povo de Israel, amargando o exílio na Babilônia, toma consciência de que o ideal a ser atingido é o de uma sociedade reconciliada, que não se salvou por suas próprias mãos, mas foi conduzido pelo amor gratuito e sem limites de Deus. Na 2ª carta aos Coríntios, Paulo reforça que “quem está unido a Cristo é uma criatura nova”. O cerne do ser cristão é reconhecer a novidade de Jesus, realizada na sua vida, morte e ressurreição. Sem a adesão a Cristo morto e ressuscitado não há reconciliação.

Jesus em sua caminhada para Jerusalém, viveu certamente momentos de grande alegria. Um desses momentos foi quando pessoas consideradas pecadoras, desprezadas pela religião oficial, aderem à sua pregação, convertem-se, mudam de vida e passam a viver uma vida nova. Os fariseus e mestres da lei, não concordam com o fato de Jesus acolher pecadores. Jesus não entrou em discussão com este grupo. Simplesmente contou a parábola do filho pródigo. O pai desta história representa Deus, “que manifesta seu amor na prática de Jesus”. Deus é como aquele pai que, misericordioso e cheio de amor, fica feliz e faz festa quando vê que seu filho, sabe reconhecer o erro e tem coragem e confiança de voltar para o Reino da vida. O filho mais velho, que ficou magoado com o pai, representa os que se julgam “irrepreensíveis” por praticar os mandamentos. Entre eles, estão os fariseus e mestres da lei que, acomodados no privilégio de pertencer ao “povo eleito”, não admitiam que Deus pudesse ser assim, tão misericordioso, como Jesus mostrava. O filho mais novo representa os marginalizados, os pecadores, os cobradores de impostos e os pagãos convertidos, que eram considerados pelos doutores da lei como imerecidos do aconchego da casa do Pai. Para nós, cristãos, seguidores de Cristo, esta parábola nos lança um desafio: agir do jeito que Deus age. Por isso nos sentimos questionados: qual a imagem de Deus que eu vivo? A dos fariseus e dos mestres da lei, fiscal e vingativo ou é a do Deus de Jesus Cristo, misericordioso, que perdoa e faz festa quando o filho volta? Podemos nos sentir alegres e felizes por saber que Deus nos acolhe como filhos e filhas e nos perdoa, sempre que reconhecem os nossas faltas e voltamos a viver sua proposta de amor.

fonte: CNBBO2

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