O
texto do evangelho de hoje nos mostra mais um conflito entre o grupo de
seguidores de Jesus e o grupo dos fariseus. Os fariseus estão preocupados com a
lei do impuro, rigorosamente observada por eles, e questionam Jesus quanto à
não observância por parte de seus discípulos. Algo que tem tanta importância
para eles, e aqui não se trata de higiene, era apenas um preceito humano, mas
tido como divino por ser “tradição”. Exigem que o grupo de Jesus também siga
esta tradição.
A
resposta de Jesus é muito forte e vai totalmente na contramão daquilo que era
pregado pelos fariseus. A tradição humana não deve ser supervalorizada em
detrimento dos mandamentos divinos. Jesus é muito crítico com aqueles fariseus
e mestres da lei, dizendo que eles louvam a Deus com os lábios, mas não com o
coração. Depois ele esclarece para a multidão que o mais importante é que vem
de dentro e que é isso que pode tornar uma pessoa impura.
Muitas
vezes em nossa vivência de Igreja corremos o risco de cair no mesmo pensamento
daqueles que abordaram Jesus. Não é muito difícil acontecer que nos preocupemos
excessivamente com regras, normas e costumes, deixando muitas vezes de lado
aquilo que é mais importante segundo os mandamentos de Deus. Às vezes nós
mesmos queremos estabelecer o que agrada ou não a Deus e nos preocupamos tanto
com as práticas externas que terminamos por esquecer que aquilo que está no
interior é o mais verdadeiro e mais importante.
Algo
que Jesus sempre fez questão de se posicionar contrário foi o que chamamos de
formalismo. Uma religião que está mais preocupada com a observância das regras
estabelecidas do que o bem das pessoas. Santo Irineu entendeu muito bem esse
sentimento de Jesus quando disse que “a glória de Deus é o homem vivo.” Para Deus,
a pessoa humana é o que há de mais importante nesse nosso mundo. Nada deve ser
dito ou feito, nem mesmo pela Igreja, que venha a ferir ou tirar a dignidade de
uma pessoa. Uma religião cumpre seu verdadeiro papel, “religar”, quando leva as
pessoas a ter vida, vida plena.
Por fim, o mais importante não é aquilo que nos atinge exteriormente, mas interiormente. Dependendo do que eu tenho dentro de mim, nada poderá me fazer impuro. Não sou bom pelo que faço, pelas palavras que digo, pelo que faço questão de mostrar de mim. Os sentimentos que trago em mim, o modo de ver o mundo e as pessoas, a maneira com sinto as coisas, isso diz quem eu sou. Não é preciso nos preocuparmos com aquilo que está em nossa volta, importante mesmo é cuidarmos de nosso interior. Preocupados, como diz a segunda leitura, em não somente ouvir a palavra de Deus, mas em praticá-la. E não há melhor jeito de praticarmos a palavra do que observamos o nosso Mestre Divino e aprendermos d’Ele a viver como Deus quer.
Por fim, o mais importante não é aquilo que nos atinge exteriormente, mas interiormente. Dependendo do que eu tenho dentro de mim, nada poderá me fazer impuro. Não sou bom pelo que faço, pelas palavras que digo, pelo que faço questão de mostrar de mim. Os sentimentos que trago em mim, o modo de ver o mundo e as pessoas, a maneira com sinto as coisas, isso diz quem eu sou. Não é preciso nos preocuparmos com aquilo que está em nossa volta, importante mesmo é cuidarmos de nosso interior. Preocupados, como diz a segunda leitura, em não somente ouvir a palavra de Deus, mas em praticá-la. E não há melhor jeito de praticarmos a palavra do que observamos o nosso Mestre Divino e aprendermos d’Ele a viver como Deus quer.
Manoel Gomes Filho,
seminarista paulino
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