Nesta Quaresma deixemo-nos conduzir pelo Espírito de Deus

Como canta o pernambucano Lenine: “a vida não para...”. As festas natalinas passaram  e já nos encontramos no segundo mês do ano de 2012. Mais uma festa se aproxima: o carnaval. Para alguns, cultura, para outros folia e diversão. Mas após essa festa, na Quarta-feira de Cinzas, daremos início a Quaresma, quarenta dias de intensa preparação à celebração do maior acontecimento de nossa fé: Paixão, Morte e Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, a Páscoa. Esse grande retiro que a Igreja nos propõe requer de nós muita disposição interior, pois é um convite a mudar em nós hábitos que não correspondem a uma vivência dos valores cristãos como: perdão, solidariedade, caridade e testemunho de vida coerente com os ensinamentos de Jesus.

A palavra Quaresma está ligada a experiência que o povo de Deus fez no deserto, 40 anos de dura caminhada, na seca e no pó da estrada. Sofreram por não escutar e nem obedecer a voz de Deus. Ao mesmo tempo, o povo foi reconhecendo que o Deus que os libertou da escravidão do Egito caminhava com eles e os fortaleciam na dura jornada, que exigia de cada um renúncias, sacrifícios e humildade a fim de permanecerem fiéis à fé no Deus libertador. Essa libertação que o povo de Israel vivenciou se realizou plenamente em Jesus Cristo.

E nós, que agora peregrinamos, “somos  convidados a viver o mistério de Jesus no deserto, a ficar cara a cara com Deus, na oração pessoal e comunitária, escutando sua palavra, sendo provado por Ele, deixando que purifique nossa fé e nos afaste de tudo aquilo que nos impede de vivê-la com radicalidade. A Quaresma é, portanto, tempo de retomar o caminho do Evangelho, tempo de reavivar o primeiro amor e, assim, nos preparar para renovação das promessas batismais na Vigília Pascal. É tempo de renovação, de conversão, para que possamos ressurgir para uma vida nova com Cristo na sua Páscoa”. (cf. Preparando a Páscoa – Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo Pascal - Ione Buyst, Paulinas Editora)


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