Certamente já muitos de nós passamos pela experiência de
receber na nossa família um bebe. Sobretudo para os pais, há a
preocupação de preparar tudo para que, ao chegar o dia do seu
nascimento, nada possa faltar; para isso, há até, hoje, a preocupação
e a possibilidade de saber se é menino ou menina, para que as coisas
a comprar estejam de acordo com as circunstâncias. Ora, a Liturgia
deste II Domingo do Advento centra-se na palavra PREPARAR. Mas,
preparar o quê? Este convite é-nos lançado por João Batista (ver
Evangelho Mc 1, 1-8), que diz que Alguém de novo vai nascer e que, para isso,
precisamos de preparar. Não se trata aqui de preparar uma arrumação,
comprar as fraldas, as roupinhas e os brinquedos, mas muito mais
do que isso, e certamente com maior exigência.
O desafio da Liturgia é sobretudo preparar o nosso coração para
acolher/receber o Menino Jesus, que já veio, mas que também,
neste Natal, mais uma vez bate insistentemente na porta do nosso
coração, porque quer entrar, quer viver conosco, quer fazer parte
da nossa família. Ele nasce para nós, está de braços abertos para
nos acolher… o problema é que muitas vezes nos distraímos com
tantas “luzes” que nesta altura nos iluminam, que acabam por nos
encandear e impedir de ver a Verdadeira Luz, aquela que não faz
publicidade, que não dá crédito para compras supérfluas, porque
é verdadeira e inteiramente gratuita. João Batista aparece hoje
como “alarme ativo”, que nos chama a atenção para nos centrarmos
com aquele que vem, e que um dia virá governar com justiça, “porque
o Senhor não tardará em cumprir a sua promessa”.
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