sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Tempo do Natal

                                                                                                          Ao contrario do que algumas pessoas pensam, o natal não inicia-se no dia 25 de dezembro. O tempo litúrgico do natal, começa no final da tarde do dia 24 de dezembro, com a oração das vésperas da liturgia das horas.

Durante esse período, comemora-se a manifestação do Senhor em nossa carne. Celebramos a “troca de dons entre o céu e a terra”, pedindo que possamos “participar da divindade daquele que uniu ao Pai a nossa humanidade”. Não celebramos apenas um acontecimento do passado, o nascimento de Jesus em Belém; celebramos o hoje da nossa salvação que se inicia com a manifestação de Deus na humanidade de nossa carne.

A alegria da Solenidade do Natal do Senhor se desdobra e se prolonga por oito dias sucessivos, os quais chamamos “Oitava do Natal”. Nesses oito dias existem algumas festas muito significativas. No dia 26 de dezembro, celebramos o primeiro mártir de Cristo, Santo Estevão. No dia 27 de dezembro, celebramos São João, apóstolo e evangelista. No dia 28 de dezembro, celebramos os Santos Inocentes Mártires. A festa da Sagrada Família, celebramos dentro do Domingo da Oitava de Natal ou, se não houver nenhum domingo dentro da oitava, celebramos no dia 30 de dezemnbro. No dia 1º de janeiro, celebramos a Solenidade da Santa Mãe de Deus.

A Solenidade da Epifania do Senhor (“epifania” quer dizer “revelação”), mais conhecida como Festa de Reis, é celebrada no dia 6 de janeiro. No Brasil é transferida para o domingo entre 2 e 8 de janeiro. Nela celebramos a manifestação do Senhor a todas as nações, que são representadas pelos magos que vão ao encontro do Salvador.

A festa do Batismo do Senhor é celebrada no domingo depois do dia 6 de janeiro, e revela a filiação divina de Jesus mediante a voz descida do céu. Nesse momento acontece a verdadeira unção e investidura de Jesus como Messias (cf. Mc 1,10).

Os textos litúrgicos nos levam não a contemplar o aniversário de Jesus, mas sim a celebrar o mistério de sua manifestação ao mundo para salvar a humanidade na humildade de nossa carne. No nascimento do Redentor, saudamos e celebramos a nossa redenção, que se cumprirá em sua Páscoa.

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